21 de maio de 2012

O problema do pré-conceito


Hoje estou escrevendo um pouco mais tarde por conta dos horários apertados. Tive consulta no médico, o que me impossibilitou de escrever mais cedo. Mas andando hoje pela rua, a caminho do consultório do meu médico, me dei conta de uma coisa. E de uma coisa que é muito séria e que acontece de uma forma velada, silenciosa. Estou falando do preconceito que todos nós carregamos dentro de nós. Não falo do preconceito de cor, mas do preconceito lato sensu. Do preconceito no seu sentido mais amplo. Seja ele de cor, raça, credo, sexo, orientação sexual, profissional, seja de que for. Basta você fugir um pouco do que é considerado padrão/normal e pimba, o danado se instala (aliás, um ótimo tema para discussão: o que é normal?? quem foi que determinou o que é ser normal?). Bom, voltando ao raciocínio do texto, fiquei pensando em como eu poderia trazer isso para o blog de uma forma leve, e não encontrei. Mas me veio, na hora, uma cena do filme MIB, quando o Will Smith começa o treinamento para ser um dos homens de preto, onde ele tem que atirar no perigo alienígena (e todos que estão treinando atiram em todos os aliens) e ele é o único que atira na doce menininha que carrega um livro de astrofísica avançada. Não sei se vocês assistiram essa cena ou o filme. Quem não assistiu deve estar se perguntando: onde será que ela quer chegar? Eu quero chegar na simples pergunta: Até onde as aparências nos levam a julgar uma pessoa? Vamos fazer um teste? Veja a imagem abaixo. Essas duas pessoas tocam a campainha da sua casa tentando lhe vender uma caixa de chocolate. O que você faz em cada caso? Pense bem antes de descer e continuar a ler o texto, ok? Não vale trapacear..hehe


Eu respondo, sem hesitar, que eu abro para a primeira e dou uma desculpa esfarrapada para a segunda pessoa. Batata, isso é fato! Olha o meu pré-conceito ai. Não tem escapatória. Aliás, você deve estar se perguntando porque estou escrevendo pré-conceito (assim, separado). Por que é um conceito que eu estou formando antecipadamente sem ter conhecimento dos fatos, um pré conceito (segundo o dicionário Michaelis, preconceito é definido como: sm (pre+conceito) 1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados). 
Mas continuando, muitas vezes, mesmo sem querer, por conta da violência e da própria vida corrida que comentei no texto anterior, tomamos as decisões necessárias para resguardar o nosso bem estar e segurança, e nos valemos da aparência como artifício para tomar essa decisão.. Pois bem. Estava eu, indo hoje para o meu médico, e me deparei com várias situações em que eu me dei conta de que eu estava pré-julgando as pessoas no meio da rua, somente por conta da forma como a pessoa estava vestida, como estava andando, ou apenas como estava parada, esperando o semáforo fechar para poder atravessar. Claro que eu não estou com isso querendo dizer que é para esperar sempre o melhor dos outros, ou que todos são bons e especiais, ou dar uma de ingênuo (a) e achar que agora vivemos no país das maravilhas e sair abraçando e beijando todos no meio da rua. Não é isso. Mas também não é para sair desconfiando da própria sombra, como se o apocalipse estivesse ali na esquina. Tá, dependendo do seu ponto de vista, o apocalipse está quase virando a esquina, mas isso é assunto para outro dia. Mas é bom sempre dar uma desconfiada na medida certa, sem ficar paranóico, nem dar bobeira ou ficar à toa, com a bolsa aberta ou falando ao celular como se estivesse no sofá da sala...

Agora vamos ao finalizar o texto com a parte final da imagem. Ou você acha que eu esqueci?? Você que apostou que a “mocinha” era realmente a “mocinha”, como eu, errou e feio! E provavelmente estaria morto, como eu...hahaha! O mocinho da história é o "vilão" que aparentemente a maioria pode ter pensado que era inicialmente.


Viu como as aparências muitas vezes enganam? Cuidado sempre é bom. Sempre. Seja para o feio, seja para o belo. Por que o belo pode ser, no seu interior feio. Assim como o feio, pode ser tão belo no seu interior, que os seus olhos, por puro preconceito, não deixam ver a sublime leveza da beleza.... (ai, to ficando tão poética e romântica com esse blog... to adorandooooo!!!hahah) Até a próxima. Chêro da nordestina.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é Bálsamo pra uma linda segunda
!! Cláudia parabéns pelo texto, muito bem explanado, precisamos aprender a decifrar melhor o codigo do amor, e também do altruísmo.. se não as mazelas do Préconceito vão adoecer muita gente...

Grato, Jorge Moreno